A
cultura oriunda de um evento desse porte faz dos fãs, pessoas com um gosto mais
refinado e extraordinário. Uma cultura notoriamente diferente, conhecida em
determinadas regiões apenas e por influência, uma vez que, gostar de rock hoje
em dia, diante de toda tecnologia e diversidade cultural é raro.
E o
público aparentemente, parece ser cada vez menor. São tantos estilos musicais,
tantas opções que o adolescente de hoje não só tem como tarefa, selecionar e
gostar, como cultivar esse gosto diante dos amigos. Os pais desses jovens,
normalmente, também rockeiros, há muito tempo dividem os mesmos sons, por este
motivo, continuam cultivando a cultura como algo essencial.
É
engraçado também notar que, boa parte do público, segundo estimativas, advém de
um seleto mais velho, que herdou o mesmo gosto dos seus antepassados, assim
como, viveu em uma outra época musical. Anos 80, 90, o sertanejo tão cultivado
hoje entre as capitais paulistas como São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia,
incluindo também o interior - cidades essas, que são conhecidas pelo cardápio
extenso de duplas e revelações musicais de grande renome e custo financeiro –
não era igual, circulava mais pelas músicas de raíz e estilo especial. Rock
nesses anos era algo tradicional, de grande importância e ainda, significado
para grande parte da população.
São
muitas as bandas de história e que nesses eventos como o RIR, que atualmente,
por estes motivos, fazem a diferença. Trazem para os tais fãs, não somente uma
lembrança da época em que também eram jovens, mas algo marcante na vida de cada
um, até mesmo pelos eventos históricos e políticos do país, que já viveu uma
Ditadura Militar e milhares de manifestações. Ilustrando isso, este ano por exemplo,
a fim de enriquecer o estilo, compareceu ao evento, figuras ilustres como,
Rihanna e Katy Perry, cantoras de nome
entre as adolescentes, Queen com Adam Lambert, trazendo os sucessos criados
pelo inesquecível Fred Mercury e também, Metallica, Rod Stewart , Slipknot,
System of a Down, Faith no More, John Legend, Elton John, dentre muitos outros,
com uma missão, para os mais otimistas, de enaltecer e disseminar a cultura
rock no Brasil. Financeiramente falando, é um evento caríssimo, e por isso,
talvez, ocorre a cada dois anos. No entanto, quando ocorre, todos param para
ver e as mídias se fecham para os debates do momento.
Há
outras festas incríveis pelo país em épocas diferentes, que culturamente,
tornam o país muito rico, porém, não tem o mesmo espaço. Copiar por isso, o RIR
em outros estados, pode tirar o brilho que ganha à própria cidade do Rio de
Janeiro, mas diante da proporção que o mesmo tem, estendê-lo poderia trazer
diversos benefícios ao país que hoje vive uma crise econômica e um conflito de
culturas. Os amantes, com certeza, achariam incrível, já que a cultura
denominada boa, está cada vez mais inacessível.
* Conteúdo escrito em 04/10/2015 para a coluna DESTAQUE DA SEMANA - Portal Telenotícias. Acesse: http://www.portaltelenoticias.
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