Recentemente, ocorreu um
caso muito curioso. Uma propaganda comercial, a favor da diversidade e do amor,
realizada e colocada no ar nos últimos dias, nos principais canais de
comunicação, gerou grande polêmica, virou alvo de protestos e chegou ao Conar
(Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
Essa campanha mostra
diferentes casais no Dia dos Namorados, presenteando seu parceiro,
heterossexual ou homossexual, com um presente do O Boticário. O Conar, diante
de toda repercussão negativa, abriu um processo para julgar a propaganda após receber mais de 20 reclamações de
consumidores. No entanto, ainda não há data para o julgamento. Muitos
internautas aproveitaram para registrar uma reclamação no site www.reclameaqui.com.br,onde
o número de comentários atingiram em pouco tempo, uma média de 90 registros
abertos, sendo 84 contra a veiculação da peça em tv aberta.
As reações advém de
comentários homofóbicos e até mesmo ameaças de boicote à marca nas redes
sociais. Toda repercussão, teve início por consideraram que as imagens ali
apresentadas são de cunho desrespeitoso e prejudicial a cultura de crianças e
adolescentes, enquanto a ideia, era ressaltar momentos de ternura e compaixão,
trocando presentinhos. A propaganda foi considerada ainda como uma ameaça às
famílias tradicionais que são formadas por um casal, mulher, homem, e que por
meio dessa união, a possibilidade de filhos é maior. O motivo gera dúvidas em
relação à postura da sociedade, uma vez que vivemos em um mundo globalizado e
bem diferente da época antiga, em que casais comuns eram vistos com bons olhos.
Tanta diversidade é ainda vista pelas famílias tradicionais como algo ruim.
Enquanto isso, àqueles que apoiam a diversidade, lutam constantemente, pelo
reconhecimento e igualdade diante da sociedade até mesmo para mostrar que não
há mais espaço para tal preconceito. Essas ações enfatizam o desenvolvimento e
o não ao preconceito em século XXI. Com isso, muitas campanhas a favor de uma
mudança, aproveitam do momento para alavancar a venda, como também a
conscientização.
As manifestações
ocorreram a princípio pelo Facebook, propriamente na página
da marca da empresa de cosméticos. Foram muitos comentários, manifestações, que
incluíam mensagens de teor homofóbico, porém, ao mesmo tempo, muitos elogios à
propaganda. Em contra partida, e em paralelo, no canal do Youtube, os
internautas para burlar a campanha, clicaram em “dislikes” – ferramenta esta
que ressalta o descontentamento em relação a peça publicitária. Também há o
botão “like” que significa que o comercial foi aprovado pelo público e possui
uma imagem positiva diante de qualquer repercussão. Ainda, é legal ressaltar
que o descontentamento só tomou proporção após um número de 172.833 dislikes.
* Conteúdo escrito em Junho/15 para a Palandi Network, como freelancer, na função de Produção de Conteúdo.
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