A Itália vive um pesadelo. Cidades inteiras se tornaram ruínas após um terremoto de grande magnitude - 6,2º na escala Richter - atingir a região central do país europeu. Muitas pessoas morreram e centenas ainda estão desaparecidas. Os pequenos vilarejos históricos de Amatrice - cidade turística, de pouco mais de 2.000 habitantes, e que fazia parte do polo de gastronomia da região do Lazio, Accumoli, Norcia e Arquata del Tronto foram os locais mais afetados e pouco sobrou após os tremores.
O tremor foi sentido por 20 segundos na capital, Roma, e também no Vaticano. O terremoto ocorreu na última quarta-feira (24), a apenas 10 km da superfície e a 76 km a sudeste de Perugia, às 3h36 no horário local.
Até o momento existe o registro de 291 mortes. No sábado (27), o país realizou um funeral de estado para dezenas de vítimas. A Defesa Civil italiana informou que 21 crianças morreram na tragédia. No funeral em massa, pais se agarravam a caixões e se despediam dos filhos. Os mais velhos, tentavam entender como a vida havia sido interrompida tão rapidamente.
Autoridades admitem que ainda existe o temor de que haja mais corpos entre os escombros de algumas das localidades mais afetadas, de acordo com a agência Efe. Os socorristas trabalham com cães farejadores e escalam pilhas de detritos tentando encontrar pessoas ainda soterradas. Em outras cidades e vilarejos as buscas estão diminuindo. São mais de 2 mil desabrigados e quase 400 feridos.
Equipes seguem buscando por sobreviventes sob escombros. O governo da Itália declarou estado de emergência no país e já destinou 42 milhões de euros para a reconstrução da região, segundo a BBC.
Motivo do terremoto
Abalos de grande intensidade fazem parte da rotina de quem vive ao longo da cordilheira dos Apeninos ─ o último do tipo aconteceu há quatro anos, em 2012, em Medolla, no norte do país, e deixou ao menos 17 mortos. De acordo com dados disponibilizados pela Agência Governamental Americana que monitora desastres naturais, desde 2000 a Itália registrou 12 terremotos de grande intensidade. A atividade sísmica na região mediterrânea é resultado do grande atrito entre as placas tectônicas da África e da Eurásia.
Esse texto foi extraído de: http://www.portaltelenoticias.com/2016/08/destaque-da-semana-o-desastre-que.html
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